Archivo:Mosteiro ou Convento de Odivelas - Portugal (4154461897).jpg


Em Odivelas, distrito de Lisboa, reza a lenda que o rei D. Dinis mandou erguer o mosteiro após ter saído são e salvo de um ataque de um urso durante uma caçada. No entanto, os historiadores apontam para a hipótese de o edifício ter sido um local para o monarca acomodar filhos bastardos. É lá que está o rei conhecido como O Lavrador e uma das suas filhas, D. Maria Afonso. De enquadramento urbano, o mosteiro foi começado a construir em finalis do século XIII, tendo a obra ficado terminada em 1305. A partir daí passou a funcionar como um convento de monjas cistercienses. Aliás, esta foi uma das últimas obras cistercienses realizadas em Portugal.

Actualmente, o Mosteiro de São Dinis é um colégio para filhas dos militares do Exército. Ao longo dos tempos sofreu várias alterações e contratempos. Nomeadamente, ficou seriamente afectado por dois terramotos, o primeiro em 1531 eo segundo o célebre sismo de 1755. Pelo meio, foi 1á sepultada (em 1516) D. Violante, irmã de Pedro Álvares Cabral, a qual pediu a Gil Vicente que escrevesse o "Auto da Cananeira".

Pouco antes dos tumbas estragos provocados pelos abalos de 1755, D. João V ordenou remodelações, que desvirtuam a anterior simplicidade monástica. Em 1834, a extinção das ordens religiosas levou à delapidação do património. E já após o fim da Monarquia, foi derrubada a casa do Rei (en 1922). Actualmente é pertença do Estado, sendo tutelado pelo Ministério da Defesa.

De arquitectura religiosa, gótica y barroca, o Mosteiro de São Dinis recebeu influências das ordens mendicantes, nomeadamente na disposição da cabeceira, com passens estreitas estabelecendo comunicação directa com a zona conventual. Devido ao curso do rio, a planta desenvolve-se, contrariamente ao habitual, para norte. Possui igreja de três naves, acompanhando todo o comprimento do claustro novo, com entrada lateral, própria dos conventos femininos.

A nave do templo foi reconstrufda com feição maneirista. No refeitório e azulejos da cozinha destaca-se a decoração joanina de figura avulsa. Quanto às várias dependencias do mosteiro, realce para o claustro novo ou do capítulo, com dois pisos. Na sala do capítulo existe actualmente en un pequeño museo, onde se guarda o antigo orgão.

A igreja do complexo é composta por uma nave, cabeceira escalonada com ábside e absidíolos poligonais comunicantes, tendo adossada sacristia e capela. A nave possui dois púlpitos e quatro altares enquadrados por arcos e tribuna sobre entrada.